Quem esperou até o fim da noite para ver Shakira (e não foram poucos) foi fartamente recompensado. Porque o espetáculo da estrela latina do momento foi tudo e um pouco mais. Alternando vários personagens, com a ajuda de uns poucos elementos cênicos e de uma banda pequena mas versátil, ela deu conta de um recado muito sério. E fez a alegria de um público que a segue desde que era uma promessa.

Aquela roqueira que surgiu aos 19 anos, em 1996, foi a primeira a dar as caras no show, com "Estoy aqui". Sapeca, sexy e falando ótimo português, Shakira deu mostras de que iria ganhar a noite logo em "Whenever", em que ensinou seis meninas da plateia a jogar as cadeiras - sua arma infalível de sedução.

Daí em diante, a cantora foi teatral (na releitura de "Nothing else matters", do Metallica), flamenca, cigana, reggaeton (em "Sale el sol"), roqueira de novo ("Ciega sordomoda") e loucamente dançante (em "She wolf" e "Loca"), tudo sem perder a simpatia e o rebolado. A primeira parte do show, ela terminou de forma apoteótica, com o sucesso "Ojos asi".

No bis, Shakira ainda fez par com a outra estrela da noite num "País tropical" de pura alegria. Depois, foi a vez de os quadris brilharem novamente, no hit "Hips don't lie". Se alguém achava que a cantora colombiana não tinha bala para fechar uma noite de Rock in Rio, a resposta foi eloquente.